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sábado, 24 de março de 2012

Porto Alegre - Século XV - Parte III (Em Montagem)

Cronologia - 1400/1499

Século XV

Novo Mundo

1400

- Ao terminar a Idade Média, o mundo ocidental, compreendendo a Europa, o norte da África e o Oriente Médio próximo, desconheciam praticamente o mundo oriental, abrangendo a Arábia, a Pérsia, a Sibéria, a China, a Índia e o Japão.
Havia contatos esporádicos mantidos pelos missionários católicos ou regulares pelos comerciantes muçulmanos, que serviam de intermediários para o tráfico. Os comerciantes italianos freqüentavam assiduamente os portos do oceano Mediterrâneo oriental e traziam para a Europa os produtos da Pérsia, da China e da Índia.
A situação da Europa no fim da Idade Média é uma conseqüência da passagem da era senhorial para a fase da economia nacional de tendência capitalista. A pesca expandia-se com vantagens as terras do Marrocos para a produção de cana-de-açúcar e do trigo que se escasseava, acrescia a busca por peles e couros no norte da África e, finalmente o comércio de escravos.
O ideal da Cruzada ainda permanecia bastante intenso para justificar a expansão por territórios. O Espírito Missionário era forte em Portugal, a Cruzada não era só a difusão do Cristianismo, mas a conquista de povos considerados infiéis (muitos poderiam se converter) dificultava a pirataria, a pilhagem e a escravidão de Cristãos a que se davam Mouros e Turcos.
Neste sentido a Igreja através do “Papado” davam apoio aos empreendedores portugueses, com abundante concessão de favores e indulgências.

- A navegação européia até o século XV concentrava-se no mar Mediterrâneo, os árabes traziam os produtos do Oriente em caravanas até os portos de Constantinopla (Turquia), da Síria e do Egito e de lá navios italianos buscavam e distribuíram estas mercadorias na Europa.

- Portugal foi um ponto de encontro das civilizações Cristã, Islâmica e Judaica no extremo sudoeste da Europa, projetado sobre o Atlântico.
Nos séculos XV e XVI tornou-se detentora da mais avançada tecnologia naval da época e o principal intermediário do comércio mundial.

1410

Em 1415, da Europa, as navegações pelo oceano Atlântico levaram Portugal à conquista de Ceuta, no Marrocos, na África, início do Império Colonial Português, ocasião em que o rei se viu obrigado a fretar 135 navios estrangeiros para conduzir sua tropas e mantimentos.
Em Portugal no Porto construiu-se estaleiros esplêndidos, logo depois Lisboa, Lagos, Sesimbra, Setúbal e Viana.

Embarcações:
Caravela: - é o barco típico, pequeno e rápido das epopéias continentais com 3 ou 4 mastros e pesava 60 toneladas, desde o século XIII era preterido pelos pescadores ibéricos. Prático e robusto foi recebendo contribuição e várias outras naves.
No século XV, já era um barco rápido, de pequena tonelagem, recomendado para navegação em pouca água.
A construção inspirou navios estreitos e compridos (7x1), com 3 mastros de velas triangulares tipo “latina” (fácil de manobrar), casco igual ao dos navios redondos, esporão de ataque como as galés.
Em 1440, chega a Portugal, tão excelente navio se fez segredo de Estado, com penas severas. Por ágeis, rápidas e fáceis de manobrar, faziam as tarefas de reconhecimento e navegavam a frente da esquadra. Com o tempo foram desativados pela pouca tonelagem. As caravelas de Cabral com cascos de 30 metros de largura por 6 de comprimento.

Galés: - moviam-se com remos e vela, ganharam 5 ou 6 metros a mais no comprimento, passando a ser chamado de Galeras. O fundo se apresentava menos chato e os dois mastros vestidos com velas retangulares e redondas, que com o tempo se foram fazendo triangulares à medida que o segundo mastro (do traquete) aumentava e recebia a incumbência de suportar a vela mestra. As galeras apresentavam a proa, um pouco abaixo da linha d’água, o esporão destinado a furar navios inimigos. Os remadores foram sendo cada vez mais exporádicos, pois era difícil dispor de grande quantidade de braços necessários para a movimentação (quase sempre a força). Durante o reinado do João II as galés desapareceram.

Naus: - com a saída das galés as naus ganharam importância por sua maior tonelagem, construídas com um olho no comércio e outro na guerra. Eram grandes embarcações com 3 e 4 pavimentos e capacidade par até 800 pessoas. O casco robusto e pesado recebia castelos de 2 andares, mais alto que o das caravelas, tormando esse conjunto uma verdadeira praça flutuante de guerra, o “bellatorium”. Geralmente um mastro suportava o cesto da gávea e uma vela quadrada. As naus conduziam o grosso da expedição e faziam papel de transporte, pois resistia às tempestades e aos ataques piratas. Podia ser acompanhada por embarcações menores, o Batel, para explorar águas rasas litorâneas.

Taforéias: - barco de curta presença histórica, construído com fundo chato e sem quilha, disputavam às naus o desempenho de certas missões, mas nas viagens além mar eram adaptadas para o transporte de cavalos. Velejaram para Berberia e a Índia, mas recolheram após as naus serem desenvolvidas como o navio ideal.

Galeão português: - era grande, popularizada nos séculos da colonização luso-espanhola. Navio de alto bordo, mercante e de guerra, evoluído lentamente das galés e galeras, com capacidade de 550 tonéis em média. Parecido com a nau, tinha vantagens: - era mais estreito, comprido, rápido e fácil de manobrar. Foi um velame presente entre as potências colonizadoras latinas (Portugal, Espanha, França) e as setentrionais (Inglaterra, Holanda) e também preterida pelos corsários e piratas.

Uniformes da Armada:
Comandantes: - usavam uma espécie de manto, vestígio do hábito religioso da Ordem de Cristo, de origem medieval (as condecorações militares portuguesas usavam a expressão: “hábito”).

Marinheiros: - desta época de marinhagem, não usavam uniformes, os homens usavam simples camisa e jaqueta, as calças colantes foram-se tornando mais folgadas. Nas cabeças há sempre barretes ou mesmo turbantes, bem como carapuças.

Em 1418, na Europa, Bartolomeu Perestrello iniciou a série de descobrimentos relevando a Ilha de Porto Santo.

- Em Sagres, cosmógrafos e navegantes se reuniam, descobertas e aperfeiçoamentos foram executados e adotados, impulsionando a necessidade de expansão territorial.
O emprego pelos tripulantes dos primitivos aparelhos de navegação: -“o astrolábio e a balestilha”, instrumentos empregados pelos árabes que foram estudados e aperfeiçoados, permitindo determinar a distância do “Equador” pela altura dos astros.

- Várias causas deram a Portugal preponderância no grande movimento de navegações a partir do século XV:
- A posição geográfica, na extremidade do continente, junto ao Mediterrâneo, avançando sobre o Atlântico.
- A alta categoria moral e intelectual da camada dirigente sob os reis da dinastia de Avis, das quais faziam parte tanto o Rei D. João I como seus filhos, entre eles o Infante D. Henrique (1394-1460), “o Navegador”, mestre da Ordem de Cristo, que concebeu o plano de através de uma navegação em torno da África, estabelecer comércio com a Índia, responsável pelo avanço lusitano em direção ao oceano Atlântico. Fundou algo parecido a uma universidade naval no promontório em Sagres, reuniu cartógrafos, velhos capitães, astrônomos, construtores de barcos e viajantes que haviam percorridos as águas mais remotas.

- O Infante D. Henrique é o patrono do Novus Mundi (Mundo Novo).

Em 1419, no Oceano Atlântico, Gonçalves Zarco e Vaz Teixeira descobrem e iniciam a colonização da Ilha da Madeira.

1420

Em 1427, na Europa, em Portugal, o navegador Diogo de Silves, formado na Escola de Sagres, fundada pelo Infante D. Henrique, redescobriu o conjunto de Ilhas, mais tarde denominadas de Açores e a Ilha da Madeira, estas estavam totalmente desabitadas.

1430

Em 1430, o Frei Gonsalo Velho foi encarregado do povoamento a partir do setor oriental do arquipélago (Ilha de Santa Maria e Ilha de São Miguel).

Em 15 de agosto de 1432, na Europa, no Arquipélago dos Açores, o Frei Gonsalo Velho aportou na ilha de Santa Maria, pela primeira vez, era encarregado do povoamento a partir das ilhas Santa Maria e São Miguel no setor oriental conhecido.

- O Atlântico Oeste não tinha interesse ao Infante D. Henrique, queria vencer ao Sul, o Cabo Borjador, porfiou nisso por 12 anos.

Em 1434, na África, no Saara Espanhol, Gil Eanes venceu o Cabo Bojador.

Em 1436, na África, Baldaya chega à foz do Rio do Ouro e encerra o primeiro período dos grandes descobrimentos.

1440

Em 1440, na Europa, Johannes Gutenberg inventa a “impressora manual de tipos móveis”.

Em 1440, no Novo Mundo (atual América), Sul, o Império Inca está no auge, até 1537.

Em 1441, na Europa, parecem ter chegado a Portugal, os primeiros escravos “Negros”, a bordo da nau qual Antão Gonçalves retornou da Guiné (África).
De início, houve restrição real a escravização de africanos – utilizados apenas em serviços domésticos.
Com o início da lavoura canavieira no Arquipélago dos Açores, a escravidão mais que tolerada, passou a ser incentivada.

Em 1441, alcançado o Cabo Branco. (onde local)

Em 1444, na Europa, no Arquipélago dos Açores, o Frei Gonsalo Velho atingiu a Ilha de São Miguel.

1450
Era Moderna na Europa

Em 1452, na Europa, o Arquipélago dos Açores foram descobertas pelo navegador português Diogo de Tieve as ilhas do grupo ocidental Ilha das Flores e Ilha do Corvo.

- Em relação à pecuária aos primeiros moradores das ilhas já descobertas, faltava a fome para tantos mantimentos, uma vez que o gado lançado a partir de 1430 havia proliferado em grande quantidade. Além do “gado bravio”, existiam lavouras com animais domesticados, que além da carne e do leite forneciam ajuda na lavoura.

Em 30 de setembro de 1452, na Europa, inicia a impressão mecânica do primeiro livro, a “Bíblia Sagrada”, pelo alemão Johannes Gutenberg, “inventor da imprensa” com tipos móveis.

- A edição da “Bíblia” de 641 páginas, com cada letra composta à mão e cada folha colocada na máquina, era produzida 300 páginas ao dia, considerada uma obra prima do talento tipográfico.

Em 1453, na Ásia, os Turcos invadem e dominam a cidade de Constantinopla (atual Istambul, Turquia), pondo fim ao Império Romano no Oriente ou Bizantino e dando início ao Império Otomano.

- A data marca o início da Idade Moderna.

Em 1455, na África, na costa, foram descoberta pela Espanha as ilhas de Cabo Verde, junto ao oceano Atlântico.

1460

- A despeito das terríveis lendas dos oceanos, que se dizia povoado de monstros e grandes precipícios, os portugueses com sua supremacia marítima avançaram pela costa do litoral africano em direção ao sul, pelo oceano Atlântico, chegando à Guiné e formando Feitoria (entreposto). Cada vez mais os portugueses se dirigiam a Oeste no Atlântico.
Todos os feitos foram possíveis, em parte, graças à “bússula e a pólvora” (os chineses já conheciam os dois pelo ano 1000 A.C.) o qual os ocidentais recebam na Ásia Menor, durante as “Cruzadas” e as aplicaram com afinco.

Em 1460, na Europa, em Portugal, morre o Infante D. Henrique.

Em 1469, na Europa, se realiza o casamento de Ferdinando I de Aragão com Isabela de Castela, unindo a Espanha.

1480

Em 1480, na África, colonização portuguesa na Costa do Ouro, em Gana, que vai até 1484.

Em 1480, na Europa, Castela, o Tratado de Toledo faz com que o Rei Ferdinando I e Isabela de Castela reconheçam as conquistas de Afonso na África. Em troca recebem as Ilhas Canárias.

Em 1481, na Europa, estabelecimento da “Inquisição” da Igreja do Vaticano na Espanha.

Em 1481, na Europa, Portugal, início do reinado de Dom João II.

Em 1488, na África, o navegador português Bartolomeu Dias conseguir dobrar o Cabo das Tormentas (atual Cabo da Boa Esperança), no extremo sul da atual África do Sul, provando a possibilidade de atingir o oceano Índico.

1490
Mundus Novus

- Cristovam Colombo, navegador genovês, deduziu que era possível chegar as Índias seguindo pelo ocidente, fixara residência em Portugal. Tentou obter apoio do Rei Dom João II de Portugal, mas este já tinha uma meta de ir pelo oriente, contornando a África.
Colombo oferece o projeto à Rainha Dona Isabel de Castela “a Católica” que se casou com o Rei Dom Fernando de Aragão, se uniram e formaram o Reino da Espanha.
Em um primeiro momento o pedido de Cristovam Colombo não foi aceito, mas os Reis Católicos cederam.

Em 1492, na Europa, a queda de Granada marca o fim do “domínio muçulmano” na Espanha, com a expulsão dos judeus.

Em 1492, na Europa, Castela (Espanha), por ordem do inquisitor espanhol Torquemada, “os judeus” tem três meses para aceitar o Cristianismo ou deixar o país.

Em 1492, na África, os espanhóis iniciam a conquista da costa africana.

Em 03 de agosto de 1492, na Europa, Espanha, a frotilha de Cristovam (portador de Cristo) Colombo partindo do Porto de Palos, iniciou a viagem com três caravelas (Santa Maria, Pinta e Ninã), para descobrir os caminhos para as Índias, seguindo pelo ocidente pelo Oceano Atlântico.

Em 12 de outubro de 1492, nas Índias Ocidentais (atual América), Novo Mundo, Cristovam Colombo encontrou terra, que julgou serem as ilhas descritas por Marco Pólo, pensava estar na Índia (Ásia), os nativos que encontrou nestas ilhas deu o nome de “Índios”.
Contornou a ilha que batizou de San Salvador, mais os atuais Haiti e Cuba.
Volta à Espanha a fim de dar a boa notícia aos Reis.

Em 05 de dezembro de 1492, nas Índias Ocidentais (atual América), Novo Mundo, ainda na primeira viagem, Cristóvão Colombo descobre “Hispaniola ou Quisqueya”, a maior ilha do Caribe, onde se situam o Haiti e a Republica Dominicana.

- Hispaniola (La Española) é uma ilha importante no Caribe, onde estão localizados a República Dominicana e Haiti.
A ilha está situada entre as ilhas de Cuba para o oeste e Puerto Rico, a leste, no cinturão de furacões. Hispaniola é talvez o mais famoso como o local das primeiras colônias europeias no Novo Mundo, colônias fundada por Cristóvão Colombo em suas viagens em 1492 e 1493.
Apesar da grande incidência de furacões, Hispaniola é a nona mais populosa ilha do mundo, e a mais populosa das Américas. É a segunda maior ilha do Caribe, depois de Cuba.

- Em 1492, Cristóvão Colombo, chegando ao que hoje é conhecida como República Dominicana, onde encontrou nativos e pensou ter chegado à Índia. Dali seguiu para a ilha que apelidou Hispaniola e onde deixou uma pequena colônia que, no ano seguinte, tinha sido dizimada pelos nativos.
Em 1493, no retorno deixou uma guarnição bem armada. Estima-se de cerca de 250 mil aruaques existentes na ilha, apenas 500 tinham sobrevivido no ano de 1550; o grupo foi extinto antes de 1650.

Colombo ainda fez três viagens ao Novo Mundo, em 1493, 1498 e 1502.

Em 1493, na Europa Oriental, meados do século XVI as comunicações tornaram-se difíceis com a ascensão dos Turcos, que dominavam a península dos Bálcãs e já haviam tomado Constantinopla dos romanos.
Intensifica-se, então, o comércio via cidade do Cairo e o Mar Vermelho, ainda livres dos turcos.
Ansiava o comércio europeu em encontrar vias de acesso para o extremo oriente.

Em fevereiro de 1493, na Europa, em Portugal, no Arquipélago dos Açores, Cristovam Colombo, em retorno das terras das Índias Ocidentais (América) até então descobertas, desembarca na Ilha de Santa Maria, para pagar promessa, devido à violenta tempestade enfrentada por sua esquadra, junto aos Açores.
Portanto os Açorianos (cidadãos portugueses) foram os primeiros a tomarem contato com a Esquadra de Colombo, após o descobrimento do Novus Mundus (Novo Mundo).

Em março de 1493, na Europa, Portugal, Cristovam Colombo de volta de sua primeira jornada para oeste, fez uma escala em Lisboa para anunciar que acabara de descobrir um novo caminho para as Índias, tanto que trazia alguns “Índios” consigo.

- No arquivo das Índias em Sevilha (Espanha) há uma carta do Rei D. João II à Colombo, nela o monarca o chama de “meu especial amigo”; intimidade suspeita para com um filho de tecelão.  

- O rei de Portugal D. João II, e seus astrônomos sabiam que Colombo estava equivocado, pois a Índia ficava para leste, no Oriente, suspeitaram, porém, que tais conquistas estivessem dentro de sua zona de domínio e trataram de impor limites ao avanço castelhano (espanhol).

Em 04 de maio de 1493, na Europa, Cristovam Colombo chega à Castela (Espanha), após a descoberta do Novo Mundo, os Reis de Castela e Aragão trataram de obter os direitos das terras.
O Papa Alexandre VI (espanhol), como mediador, que pela “Bula Intercoetera” traçou uma linha ultramarina imaginária, tendo como limite o meridiano que passaria a 100 léguas (550 quilômetros) a oeste das ilhas de Cabo Verde e que dividiu o mundo em duas partes. Terras a leste Portuguesas e a oeste, Espanholas.

Em 07 de junho de 1494, na Europa, Castela (Espanha), é assinado o Tratado de Tordesilhas (pois Portugal e Espanha estavam em escaramuças que quase redundaram em guerra). O tratado introduz modificações - divide as terras recém descobertas e a descobrir nos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico.
Pela primeira vez na história, dois Estados soberanos arvoravam-se no direito de firmar um “acordo de dimensões planetárias”.
Foi considerada uma linha imaginária entre os dois impérios, um meridiano imaginário que passava a 360 léguas a oeste da Ilha de Cabo Verde, estabelecia uma fronteira rígida e tornava o oceano Atlântico “maré clausum”, ou seja, “mar fechado” às demais nações, em especial as européias, defensoras da doutrina “maré liberum”, ou seja, “mar liberado”.
As terras do lado oriental (oeste) pertenceriam a Portugal e as do lado ocidental (leste), a Espanha, dividindo o mundo em dois, Duarte Pacheco Pereira foi o negociador português, Portugal ameaçava enviar uma frota as terras descobertas por Colombo se o Tratado não fosse assinado.
Pelo meridiano, a parte do Brasil, aonde chegou Pedro Álvares Cabral já pertencia a Portugal.

- A região Sul ficou dividida entre portugueses (menor parte) e os espanhóis que ficaram com a maior parte. O meridiano terminava na atual Cidade de Laguna, assim a futura Nossa Senhora Madre de Deus de Porto Alegre desde 1494, não pertencia a Portugal, mas a Espanha, eramos “castelhanos” antes e depois do descobrimento das terras do Brasil.

“Nesta época a região de Porto Alegre era espanhola (castelhana)”

Em 1495, na Europa, a edição dos grandes clássicos gregos possibilita, pela primeira vez, através de “livro impresso”, o acesso de estudantes ocidentais à Filosofia.

Em 1495, na Europa, Portugal, início do reinado de Dom Manuel I.

Em 1496, na Europa, Portugal, o Rei Dom Manuel I assina o decreto de expulsão dos chamados “hereges”.

Em setembro de 1498, na Ásia, Índia, em Calicute, depois de uma viagem cuidadosamente planejada em Portugal sob o comando do Rei Dom Manuel I, e bravamente executado pelo navegador português Vasco da Gama chegava “Índia”, pela única rota possível, contornando o “Cabo da Boa Esperança”, onde estabeleceu uma Feitoria.
Inaugurava a Idade Moderna e a era do Comércio Global pelos mares do mundo.

- Os portugueses chegariam noutras viagens na China e ao Japão.
Lisboa a capital de Portugal se tornava o centro do “Mundo” conhecido.

No fim do século XV, no Novo Mundo e início do século XVI ao chegar ao continente que denominaram América, os europeus se defrontaram com várias culturas e civilizações das quais nunca tinham tido notícia.
- Apesar de naquele tempo no Novo Mundo vicejarem civilizações como a Asteca, a Maia e a Inca, o povoamento desta parte do mundo ocorreu muito depois da Ásia, África e Europa. Acredita-se que as Américas foram povoadas por populações provenientes da Ásia que atravessaram o Estreito de Bering.

Nota:
- Referente ao Novo Mundo, sabe-se que os “Escandinavos” desde a Idade Média já haviam se dirigido a oeste pelo Atlântico e haviam chegado a “Groenlândia”, fundando povoações.
- Entre os anos 1000 e 1100, os “Vikings” chegaram ao Mundo Novo (América do Norte), que chamaram de Vinland a “terra do vinho”.
- Em 1498, “Duarte Pacheco Pereira”, especialista em geografia e cosmografia, navegador experiente, negociador do Tratado de Tordesilhas (1494), teria sido o verdadeiro “descobridor do Brasil”, viajando em incumbência secreta. A presença de Duarte Pacheco Pereira em 1500, provavelmente no comando de uma das caravelas da frota de Pedro Álvares Cabral, não seria sua primeira viagem ao Brasil.
 - Em fins de 1499, o espanhol “Alonso de Hojeda” teria chegado ao atual “Cabo de São Roque”, no Brasil (RN).
- Em janeiro de 1500, a segunda expedição, dizem também ter precedido a de Cabral foi do espanhol “Vicente Yánez Pinzón” (que fora capitão da nave Ninã, da frota de Colombo), navegou pelo “Amazonas” e chegou ao atual “Cabo de Santo Agostinho” (PE), três meses antes da chegada de Cabral ao Brasil.

- A expansão geográfica do mundo conhecido, os chamados “Descobrimentos”, significaram uma ampliação dos horizontes, embora seus valores fossem impostos pelas armas as populações locais.
Na Europa começaram a serem debatidos assuntos polêmicos como a forma da Terra (plana ou esférica) ou a própria humanidade dos povos do Novo Mundo (teriam alma ou não).

As Nações do Novo Mundo:
Os Esquimós do norte da América do Norte (atual Canadá e Alasca) habitavam as regiões geladas do continente e circulavam entre a Ásia e a América.
Os Nativos, de várias nações que habitavam a atual América do Norte (Canadá e Estados Unidos), eram mais desenvolvidos que os nativos da região do atual Brasil acreditavam na honra e nos deuses da natureza, em sua maioria não conheciam o metal.
Os Astecas povoavam no atual México (América do Norte), construíram um império que deslumbrou os conquistadores espanhóis.
Os Maias viviam na América Central, utilizavam uma escrita “hieroglifa” e eram competentes observadores dos astros, com calendários completos.
Os Incas, do oeste da América do Sul, nos monte nevados, eram excelentes tecelões e sofisticados joalheiros, além de agricultores (com sofisticado sistema de irrigação).
Os Nativos, de várias nações que habitavam a região denominada Brasil no ano de 1500, comparados aos outros povos das Américas, eram primitivos. Não domesticavam animais e apenas utilizavam facas e machados de pedra polida. Suas armas eram o tacape, a lança e o arco e flecha. Algumas tribos teciam o algodão e fibras de palmeira, não conheciam o ouro. A cerâmica e agricultura eram trabalhos de mulheres; os homens cuidavam da caça, da pesca, da defesa e das guerras tribais.

  Continua na Parte IV

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